Por que muitos gays mais velhos estão deprimidos – e como evitar ser um deles

Quando você vai a um bar ou uma balada, ou quando está navegando em um desses aplicativos de pegação, qual sua reação ao ver um homem acima dos 55 anos?

Já disse uma vez (nesse post aqui) que envelhecer é o elefante branco da comunidade gay. É complicadíssimo assumir-se para si mesmo, para a família, para os amigos. E acho que, por esse motivo, há a impressão que, uma vez tudo isso feito, a vida agora é só festa. Não é bem assim, meu caro. Aliás, a vida de ninguém é só festa. Mas percebo que falta mais no homem gay essa noção, pois existem mais obstáculos em seu caminho – e ele quer que a estrada que ele anda, entre um obstáculo e outro, seja a melhor estrada possível. Super compreensível esse desejo.

Mas, por causa dele, percebo que nos tornamos maquininhas de busca pelo novo, pelo inédito e pela perfeição, três coisas que fariam essa estrada super divertida mesmo, mas que não se sustentam a longo prazo – pois são três conceitos relativos e superficiais.

É antagônico: a eterna busca pela novidade te mantém vibrante e interessante, mas também te impede de se enxergar por completo. E fica fácil escorregar e se tornar uma pessoa manipulável e sem opinião própria (afinal, você gosta das coisas que você gosta realmente por gostar delas ou você apenas quer gostar do que os outros estão gostando?).

Além disso: sem conhecimentos prévios, sem referências do passado, seu julgamento do atual e do futuro é disforme – tudo te parecerá novidade, mesmo sendo só um remix do que já existia no passado e você não buscou conhecer. Não temos tempo pra pensar nisso, nosso medo de parecer desatualizado é grande demais.

vejaE a eterna busca pela perfeição é a cereja no topo desse bolo problemático: no fim do primeiro grande surto de aids dos anos 1980, começou a aparecer aqui e ali um grupo de gays que foi chamado de Barbies, devido ao seus corpos “perfeitos”.

Eles eram uma resposta (quase em inconsciente coletivo) à imagem do gay com aids daquela época, tempos em que o preconceito era ainda maior, que os tratamentos eram bem menos eficazes que hoje, e que quem tinha a doença acabava sempre magro demais, até cadavérico em casos extremos.

Como no começo a aids foi tratada como uma doença exclusivamente gay (o que ela, de fato, não é), essa imagem do gay saudável, bronzeado e musculoso foi propagada mundo afora numa tentativa de tirar dos gays a exclusividade dessa doença – e de mostrar que tinha muito cara saudável nesse grupo. Foi daí que veio o termo em português “sarado” para pessoas com bom condicionamento físico, uma alusão a estar “curado” da doença.

Essa propaganda de estilo de vida saiu de controle e se voltou contra a própria comunidade: quem não estivesse com o corpo torneado era visto com maus olhos e tratado como um gay de segunda por esses caras que se julgavam no topo da pirâmide de beleza. Não me deixam mentir os “machos com corpo em dia, discretos e foras do meio” que você vê hoje nos apps de pegação, uma herança direta desse tipo de pensamento de 30 anos atrás.

E cá estamos agora, num grupo tratado pela sociedade com certo desprezo (onde gay só é legal na hora de fazer rir ou decorar a casa, se o assunto é sério e envolve crimes de ódio ou direitos civis, todo mundo desvia o olhar de você) e onde existem esses preconceitos internos. Todo dia aparece uma cantora nova ou um filme novo ou uma série nova ou um vídeo engraçadinho novo na internet que você pre-ci-sa ver e, depois, ficar repetindo sem parar, achando que a vida – e que ser gay – é sobre isso. Pelo menos no grupo ao meu redor as coisas são assim, certamente cada grupo tem suas “regras” próprias.

A questão é que ninguém ousa ser muito diferente disso, não ousamos botar o pé pra fora demais desse mundinho, pois existe um medo de ficarmos “presos” do lado de fora de um grupo que já é fechado e isolado dos demais. vivemos em uma sociedade heteronormativa, afinal.

A celebração da juventude acontece entre todos os grupos sociais, mas é particularmente forte entre gays. Vemos cada vez mais uma pressão externa (que aí vira interna e depois externa de novo) por uma perfeição física e também de costumes e trejeitos que são ou praticamente inalcançáveis ou vão contra a própria natureza da pessoa em questão. Homens que são muito magros, gordos demais, sem barba ou que são afeminados, por exemplo, parecem não ter vez – e essas características, na maioria das vezes, não são opções dessas pessoas, elas nascem assim e mudar isso nelas mesmas não é uma opção que as deixará bem consigo mesmas.

Captura de Tela 2016-01-10 às 22.05.29E vira esse ciclo, onde todo mundo tenta um pouco, na medida do possível, manter-se “no grupo” por um desses dois caminhos (de estar por dentro da modinha do momento e de correr atrás do corpo perfeito) ou tentando uma combinação deles. Isso não é um julgamento meu, são apenas fatos: a sensação de pertencimento é importante quando vivemos em grupo, somos animais de cultura.

Mas quão longe é longe demais? Somos reféns de nós mesmos, nesse sentido, voltando para a questão lá de cima que é, pra mim, a conclusão de tudo: você gosta das coisas que você gosta por realmente gostar delas ou te ensinaram que aquilo ali é que é bom e você engoliu? Engolimos essa regras desconfortáveis com medo de virarmos piada, de virarmos alvo de crimes, com medo de gostar de coisas que seus amigos não conhecem e se isolar ainda mais.

O que você está fazendo por si mesmo e o que você está fazendo apenas pelos outros? Se você se perguntar esse tipo de coisa e for honesto na resposta para si mesmo, se deixar levar na reflexão e se observar com cuidado, vai saber responder. E essas respostas, uma a uma, podem te ajudar a entender quem você realmente é, do que você realmente gosta, quanto você realmente vale.

Entenda: você é mais que seus seguidores no Instagram, você é mais que os discos que você ouve, você é mais que seus músculos bonitos, você é mais que um nome na lista da festa, você é mais que os memes que reproduz. Mas se você mesmo precisa se enxergar assim.

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81 anos (e 9 meses) sendo gay! Mas talvez seja apenas uma fase.

E não é só achismo meu, tem pesquisa mostrando isso. Gays idosos têm maior tendência à depressão, segundo esse estudo aqui. Afinal, esses gays, agora na terceira idade, foram criados (como nós estamos sendo) dentro de uma cultura de idolatria do corpo e da novidade e, agora, sofrem da sobreposição de dois preconceitos internalizados, contra gays e contra pessoas mais velhas.

Quando a juventude e as novidades passaram, o que sobrou para eles? Pergunte-se: o que vai sobrar para você?

Quanto mais cedo a gente refletir sobre esse assunto, quanto mais cedo pararmos de vermos os mais velhos como incapazes, feios ou inúteis, mais fácil vai ser de tirar essas vendas estúpidas dos nossos olhos – e o resultado é uma boa saúde mental (na velhice e agora).

E temos coisas que precisamos comemorar: ser gay hoje ainda é complicado, mas bem menos que nas décadas passadas. A próxima geração de gays velhos vai ter bem menos membros que foram expulsos de casa ou proibidos de casar com quem queriam, o que já pode garantir um futuro melhor, de forma geral.

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Printscreen de um perfil no app Grindr

Quando você vai a um bar ou uma balada, ou quando está navegando em um desses apps de pegação, qual sua reação ao ver um homem acima dos 55 anos? Lembre-se que você vai virar um deles um dia e esse dia vai chegar mais rápido do que você imagina agora.

Se você é um jovem que não sente atração por velhos, só vai descobrir o “mercado” efervescente das relações inter-idades quando você for a parte velha do casal. E é impressionante o número de gays jovens que só se relacionam com velhos. Não é o estereótipo da relação de interesse (“sugar daddy”) e não é o caso “gosto de mais velhos” quando um cara de 22 anos quer um de 30. São velhos mesmo, de 60, 70 anos. E tudo bem. “Ah, mas eu não quero estar solteiro aos 60 anos”, muitos me dizem. Mas quem disse que isso é regra? Talvez você não enxergue os relacionamentos maduros que são felizes e duradouros pois esses casais simplesmente não frequentam os mesmos lugares que você.

Envelhecer é preciso, pois é inevitável. Não só envelhecer, aliás, amadurecer também. É só olhar aí ao seu redor e você vai ver um bando de homem com 35 anos nas costas ouvindo a música pop que é feita por gravadoras para meninas de 11 anos e lendo nada mais que livros para adolescentes. Esses exemplos sozinhos não dizem nada, claro – você pode fazer essas coisas e ser uma pessoa ótima e esclarecida -, o que quero dizer é que o único conceito de tempo que existe é que ele está passando. E o que você está fazendo de valioso com o seu? O que você está construindo para você mesmo a longo prazo?

A gente envelhece uma hora e ignorar esse fato não vai afastar a velhice de você. Refletir sobre seu futuro, sua velhice, sobre solidão, doença, aposentadoria e até sobre sua morte, não tem nada a ver com depressão ou pessimismo, tem a ver com ser realista. Já que, inclusive, há um limite pro que você pode fazer pela sua própria aparência também.

Acredite: ninguém chega no próprio leito de morte e olha para trás desejando ter dormido mais e viajado menos. Tudo bem querer ser alguém na noite hoje. Mas seja alguém no dia também.

53 comentários em “Por que muitos gays mais velhos estão deprimidos – e como evitar ser um deles

  1. Amigo… por isso mesmo eu acho que a comunidade deve aprender a ter relações mais longas. Relacionamento dá trabalho e a maioria não quer se dedicar a isso. Confesso que penso muito sobre isso, a solidão que idade impõe. Posso ser até massacrado por apontar uma realidade indigesta, pois eu sempre vejo como os mais velhos são amargos, e como sempre estão na busca por parceiros bem mais jovens. Seguindo um ideal ou mesmo um passado das suas próprias histórias.

    Perdoe meus devaneios e parabéns pelo texto.

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    1. Mas aí que está. Idade não impõe solidão necessariamente. Inclusive pois, ao contrário dos gays nos anos 50, 60, 70, não seremos uma geração que vai viver sem família, isolado ou algo assim. Mas entendo o que você quer dizer sobre ter relações mais longas e isso tem a ver com a sua observação: você pode sempre ver mais velhos em busca de mais novos, mas não é só isso que existe. Tem muita gente com pessoas da própria idade do lado, mas eles estão lá, juntos, casados, na casa deles, então você não vê. Você só vê o divorciado/solteiro que tá em busca de um parceiro novo. Concorda?

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      1. Sim, concordo. Eu estou quase nessa faixa que diz respeito ao seu texto. Estou com quase quarenta e conheço muitas pessoas na faixa que você citou. A grande maioria delas vive sozinho, ou quando não estão sozinho vivem relacionamentos estranhos para mim, mas quem sou eu para julgar? Enfim Gabriel, o meu medo, como ser humano, é ficar sozinho e amargo, como muitos que eu conheço. Por isso brigo pela manutenção da minha relação com unhas e dentes, sempre buscando melhorar e para minha sorte meu parceiro também. Mas, o que eu vejo ao meu redor é diferente. Assim, como em todo tipo de relacionamento humano, seja ele hetero ou gay, existe muita disputa. Isso me deixa triste. Mas eu tenho esperança, e pelo que leio nos blogs e sites a fins, acredito que a sua geração será mais feliz que a minha, pois vejo em vocês uma mudança benéfica do padrão ruim que segue a minha geração. O simples fato de existirem reflexões como a sua já mostram esse processo de mudança.

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  2. O pior que tentar se encaixar num perfil gay, é não ter parâmetros para poder se encaixar.
    Os caras hoje exigem que você tenha barba ou faça academia e seja sarado, os caras exigem que você use roupas no estilo deles, que viaje para os mesmos ambientes e que frequentem as mesmas baladas.
    Ok, é um direito deles, mas é muito superficial porque as pessoas são diferentes, mesmo que iguais.
    Essa padronização torna muito difícil o encontro entre pessoas que desejam um relacionamento.
    Para piorar, cada dia mais existem pessoas que estão descobrindo estarem com HIV e isso causa um reboliço enorme para a nossa sociedade que foi culturalmente criada para que se proteja contra essa doença crônica.
    Crônica sim pois hoje existe tratamento totalmente gratuito ao qual mantém seu organismo saudável e você não transmite mais a doença, ou melhor 96% de chances de não transmiti-la e 100% de chance de não transmitir com o uso de preservativo.
    As pessoas são tão hipócritas, pois a grande maioria que usa os apps para fins sexuais, usam camisinha como forma de prevenção contra dst’s e hiv, mas quando descobrem que o parceiro o possui, acabam por isolarem, sendo que o ritmo de vida é o mesmo: prevenção.
    Por outro lado, existem muitos caras que estão vivendo com isso e possuem o medo da descoberta, mas adicionam ao seu perfil a vontade de realizar sexo sem camisinha (??).

    Tenho HIV e sou indetectável, não transmito e nem pretendo realizar transmissão intencionalmente.

    Porém posso ser totalmente discriminado pela minha condição, uma vez que estou em tratamento e todas as informações estão a nossa frente e ninguém quer enxergar.

    Deixo minha dica para um novo texto, falando sobre exatamente isso.

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    1. Parabéns pelo comentário, Jorge. Muito pertinente, aliás. Inclusive me identifico contigo pois também passo pela mesma situação. Especialmente após o término do meu relacionamento soroconcordante. Encontro-me numa situação de não saber como agir caso eu venha me relacionar com outro cara.

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    2. Realmente,não entendo como as pessoas se expõem a tantos riscos com pessoas que podem ou não tem hiv, mas quando encontram alguém que tem hiv e é indetectável, agem com preconceito.

      Não sou soropositivo, mas acredito que é muito mais seguro ter uma relação com um indetectável do que com alguém que nem sabemos se é ou não positivo.

      Mas o mundo gay é assim msm, cheio de contradições e dúvidas.

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    3. Olá, bom dia pessoal, me chamo Vitor, eu não sou soro positivo, mais meu namorado é já faz três anos.

      Quando descobrimos estávamos no inicio do namoro, nunca corri risco com ele antes de saber, depois da descoberta passou um furacão na minha cabeça, muitos conceitos foram levantados na minha memoria, um turbilhão de coisas veio em meu pensamento e o medo me fez pensar duas vezes, nos separamos por um tempo ficamos 4 meses sem se relacionar sexualmente mais depois meus pensamento chegaram a um consenso e eu comecei a me colocar no lugar dele, e percebi que estou mais seguro ao lado dele do que sair por ai ficando e tendo relações com pessoas que eu nem sei se tem ou não, meu namorado e indetectável também, faz o tratamento direitinho e temos uma vida normal, ele tem a saúde normal e o corpo também, se cuida muito e nós tomamos muito cuidado nas relações para não acontecer de romper o preservativo ou coisa do tipo, mais vivemos normal, fazemos sexo seguro, e já estamos assim faz três anos, hoje moramos juntos, mais posso dizer com toda certeza conviver com ele me faz perder tantos medos, me faz ver a vida de forma diferente, me faz ter coragem.
      E hoje posso dizer com toda certeza, se de hoje para amanhã agente se separa eu namoraria outro soropositivo com certeza.
      É só ter cuidado e se prevenir como todos devem fazer, a diferença é que com um cara soro positivo sabemos que nunca poderemos cair em tentações. Preservativo para todos os tipos de sexo, oral, anal e outros rsrrsrsr.
      Gente oque precisamos e ter conversar abertas desta forma pois o maior preconceito e a falta de informação das pessoas…

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  3. Primeiramente parabéns Gabriel pela escrita, comecei a ler num finalzinho de trade, e parei para poder ter uma boa leitura matinal. Eu estou digamos na “beleza dos vintes”, considerado jovem no mundo gay aos 25 anos,vou relatar idamente sobre uma situação que vivenciei numa viagem para Goiânia, estava no auge da minha aceitação e tudo era novidade, tudo eu queria provar e descobrir, eis que fui a uma sauna, 3 chik, indico a mesma rsrrss, pois bem, quando entrei me deparei com um homem mais velho, que tinha aproximadamente, 55 anos, e logo me interessei, aos começarmos a nos pegar, fomos para um quarto e fizemos um sexo muito bom, diante disso ele informou que iria a outro ponto gay e que não me convidaria, pois devido eu ser jovem eu só queria sexo e nada mais. Aquilo foi como um balde de água fria, pois alguns ja em essa visão. Bom depois daquilo perdi o interesse e conversamos sobre auto estima e valorização, mesmo assim ele disse que eu tinha esse pensamento devido a minha juventude, ou seja, ja esta impregnado em nosso melhor a imagem, que os gays mais velhos não podem ser interessantes, que os mesmos não podem ser amados, degustados e apreciados. Bom em suma percebi algo que o texto retrata no finalzinho, devemos lutar por relações mais duráveis e não é fácil, devemos ser maleáveis, ceder quando necessário, e ser pulso forte quando preciso, lutar contra os desejos carnais da traição e ver se realmente é o que queremos para nossa vida, pois só colhemos o que plantamos, lei da semeadura. Enfim para podemos ter um relacionamento na velhice devemos buscar crescer, amar, e construir no presente, não que isso seja regra, mas tornará bem mais “fácil”. Lembrando que caso isso não aconteça a velhice não nos tirará o privilegio de amar e encontrar alguém. Forte abraço”

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  4. O PROBLEMA DA MAIORIA DOS GAYS É EXATAMENTE ESCOLHER DEMAIS,ESCOLHEM TANTO E ACABAM FICANDO SOZINHOS,ESCOLHEM POR BELEZA,POR STATUS FINANCEIRO,COR DE PELE,NÃO PODE SER GORDO DEMAIS E NEM MAGRO DEMAIS,ENFIM SÃO MUITOS EXEMPLOS E A PIOR DELAS É ESCOLHER POR IDADE,HJ EM DIA SO QUEREM NOVINHOS,E SARADOS,ELES IMAGINAM UM ATOR PORNÔ QUE SÃO NOVOS E SARADOS,MAIS VIDA REAL É TOTALMENTE DIFERENTE,HJ EM DIA NÃO QUEREM AMAR E SER AMADO,QUEREM SÓ PEGAÇÃO E SEXO,A SATISFAÇÃO DO PRAZER É MAIOR QUE QUALQUER OUTRA COISA PRA ELES,UMA PESSOA MAIS VELHA NA MAIORIA DAS VEZES QUER REALMENTE UM RELACIONAMENTO SÉRIO E OUTROS NÃO PORQUE ELES ACHAM QUE SEMPRE VAI APARECER ALGO MELHOR E QUANDO NÃO APARECE SE DECEPICIONAM E AI O TEMPO VAI PASSANDO,E PASSANDO CADA VEZ MAIS,QUANDO VÃO PERCEBER,OS MELHORES TEMPOS DA VIDA JA PASSOU E SE TORNA DIFICIL DEMAIS PRA SER FELIZ AO LADO DE ALGUÉM.

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  5. Gabriel, seguindo seu blog em 3, 2, 1…
    Só li verdades e concordo com quase tudo, ou tudo.
    Obrigado pela lucidez do seu texto.
    A boa notícia é que com um pouco de boa vontade sempre é possível mudar, olhar a vida sob um novo aspecto e descobrir nosso lugar de diferença dentro dos grupos que estamos inseridos.

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  6. Achei mais que interessante o texto e super de acordo com tudo.
    Tenho 19 anos e adoro caras mais velhos, tipo 30/40 (não mais que isso porque nunca me relacionei com um); meu primeiro namorado foi um cara de 43 anos, lindo, alto, olhos verdes, careca e barba grisalha e corpo comum. Lindo!
    Morávamos em cidades diferentes, porém eram apenas 30km de distância, mas ele insistia em desconfiar de mim.
    Sou vocalista de uma banda de Metalcore muito conhecida na região, e sou muito da galera: falo com todo mundo, adiciono e converso com todos no facebook, passo WhatsApp pra quem queira, e isso foi se tonando o poço de ciúmes. Chegou um tempo que, quando descesse do palco, eu não podia falar com ninguém, nem bater fotos muito coladinho, que meu namorado já achava que estava dando em cima e que eu ia ficar com os caras depois
    Uma vez apelei sobre esse tipo de atitude imatura dele que, por ser beeeeem mais velho que eu, que na época tinha 17, não deveria ter de modo algum.
    E ele me disse que estava velho demais e não podia perder mais tempo de vida, que se fosse pra namorar, eu só poderia ser dele e dar muita confiança o tempo inteiro e demonstrar que não o ia deixar, tudo isso porque ele se achava feio demais e totalmente descartável para alguém tão jovem quanto eu; sou do tipo que quando namora ou diz que gosta, é pra valer e durar muito, mas ele não acreditou em mim e me traiu depois de 1 ano de relacionamento;
    Detalhe: ele vinha namorando comigo e com o outro ao mesmo tempo. E a justificativa dele foi: “não podia correr o risco de você me deixar a qualquer momento e eu ficar sozinho.”
    E quem perdeu? Ele outro namorado dele tinha esse mesmo pensamento que ele e fez o mesmo kkkkkkkk, e ainda o fez de gato e sapato por meses depois de terem acabado.
    Ele mesmo se afundou.

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  7. Infelizmente as pessoas olham VC como se fosse um pedaço de carne.. Não existe mais amor ou respeito. Eles querem te namorar e sair com outros. Gosto de namorar, ser companheiro, respeitar e ter uma relação de fidelidade e lealdade… Mas não acho isso mais de hj em dia.. Pena mesmo!! E tão gostoso amar e ser amado. Estamos cada vez mais sozinhos por conta de atitudes promíscuas egoístas .

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  8. muito bacana, o texto e seu recorte. só achei o título limitado e aquém do conteúdo. vc afirma algo e no texto , questiona e até rebate ao mesmo. n? mas parabéns! muito bom!!!

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  9. O texto é muito interessante, mas não acredito que apenas gays mais velhos estão deprimidos.
    Como se os gays novos, heteros casados, solteiros, divorciados, lésbicas, idosos gays ou heteros, animais de estimação e qualquer ser vivo que se relacione com humanos não fosse em algum momento sofrer de depressão. A depressão é um mal de nossa época e atinge todas as classes sociais e gêneros. É a nova Aids, pega todo mundo que não se tratar mentalmente para isso. Genthy, não vamos achar que só os gays reproduzem um modelo imposto ou vislumbrado pelo sistema. Quantas mulheres não querem ser Gisele Bundchen? Quantos bofes heteros não sonharam ser o Eike Batista quando era rico? Quantos casais não querem ser Brad Pitt e Angelina Jolie? Quantos Lulas não vislumbram ter um triplex no Guarujá, mesmo execrando a “classe media” em vez de estar em uma praia com uma colônia de pescadores, que estaria mais próximo do seu discurso social? O problema aflige a todos. Não é porque Gay é tido como Solitário, promíscuo, uma gente VAZIA de sentido, de amor, de afeto. Gay não são extraterrestres que não fazem parte dos mesmos anseios da sociedade de consumo. O problema é que vivemos um mundo Matrix, pura aparência e por baixo uma realidade horrorosa, destruída. Chega de ficar botando mais uma culpa nos gays. Pufavô, somos iguais a todos e não é um casamento com um bofe e ter uma vida quase no sistema heterossexual que vai dar aos gays a FELICIDADE.

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    1. Perfeito! Exatamente como penso. Está em ação uma nova demonização dos gays, promovida por um pessoal pós moderno e que confundem tesão com preconceitos, acham que TUDO é “construção social”. Conheço gente se sentindo muito mal por não conseguir transar com quem não sente atração. Nós , gays, não somos um mundo à parte, tudo o que ocorre na sociedade e em nossa época nos afeta igualmente. Outro ponto: eu tenho 70 anos de idade. Não me sinto deprimido. Sou um militante gay reconhecido e tenho romances e peças elogiadas. Fala-se muito só em doenças no envelhecimento e, talvez, essa seja mais uma forma de discriminação. Velhos tem seus problemas e suas idiossincrasias, mas jovens também tem as suas e não são menos graves, é exatamente igual, viver não é uma festa, problemas sempre vão existir. Obrigado por suas palavras.

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  10. Confesso este ser o meu maior medo, uma vida toda lutando contra a corrente pra no final comemorar sozinho. vejo muitos na minha idade ignorando responsabilidades vitais a qualquer um e ás vezes me questiono quem está realmente certo, se eu enquanto me poupo de festas, me controlo financeiramente e equilibro minha alimentação ou são os que nada disso fazem afinal, está muito longe para se saber resta apenas torcer para que sacrifícios como estes sejam proveitosos como por exemplo o meu negar toda a promiscuidade gratuita que nossa tribo oferece afim de algum dia quem sabe encontrar não apenas músculos e um rosto bonito (e eu nem ligo pra isso) mas caráter e real necessidade de se ter alguém. Ótimo texto

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  11. Oi, Tradicionalmente!!!! (Não sei seu nome… risos) . Vamos lá: A luta em defesa dos gays idosos tem sido o meu mote desde 2004, meu cartaz nas Paradas ficou famoso: “Gays Idosos também são (muito) gostosos!” , já dei inúmeras entrevistas, sou militante histórico, estive na fundação do Grupo Somos de Afirmação Homossexual, em 1978 e nunca mais parei de lutar. A revista Via G, última edição, traz minha entrevista mais recente, a partir da página 18, tem como ler aqui: https://pt.calameo.com/read/0008194066b96e2d86765
    Seu texto é bem escrito, claro, você detalha uma série de coisas de forma didática e isso é legal, assim como o vídeo. Parabéns por isso. Mas tenho umas discordâncias e gostaria de me expressar.
    — Em primeiro lugar, apesar de entender que você fala de gays e do seu meio , temos que compreender que estamos, todos e todas, inseridos dentro de uma sociedade imagética, midiática e gays não teriam como escapar disso, nascemos no meio disso. Com heterossexuais não é diferente. Sofrem a mesma opressão por ditadura da estética, do mito da juventude eterna. Apenas acho que gays idosos somam preconceitos: o de ser gay, a gayfobia e a homofobia e o do envelhecimento num mundo em que só o jovem é valorizado. Não foi com o surgimento da Aids, em 1981, que as pessoas gays passaram a se preocupar com o corpo “perfeito” -entre aspas por que perfeição é algo relativo – , que surgiram as Barbies. Essa “movimentação” vem de bem antes, tanto que desde os anos 20, quando não existia e nem se imaginava Aids, já tinham publicações gays que exaltavam músculos e o corpo malhado. Eram chamados de ” Beefcakes” , seria a barbie de hoje…rsrs, nos anos ’50 ganharam força, com mais e mais revistas, eram as revistas eróticas da época, tudo muito disfarçado. Tem até um filme famoso, de 1998, com esse nome Beefcakes, que aqui no Brasil se chamou “Carne Fresca”….risos… tem um trailer do filme aqui: https://www.youtube.com/watch?time_continue=2&v=sA0oSmRQhpI
    Portanto, a procura pela “beleza” e “perfeição” vem de bem antes, sempre existiu e eu acredito que o que ocorreu foi que, à partir dos Movimentos gays nos anos ’60, mundialmente, isso pode vir à tona com mais liberdade, as academias vieram com força e dura até hoje. A diversidade e a globalização da Informação trouxe de bom o entendimento de que há inúmeros grupos , hoje, variados gostos e atrações sexuais várias. Os sites gays pela internet não me deixam mentir , há gostos para tudo. Ainda bem.
    Agora, cuidado: nós podemos acabar com nossos preconceitos internos refletindo sobre eles, estudando, etc., sim. Mas sobre os nossos gostos e desejos, acredito que não. Não há um botão na cabeça que faz o rapaz que ontem gostava de magros, hoje passe a gostar de gordos. Que ontem gostava de altos e hoje gosta de baixos. Não acho que isso se possa mexer muito. Você não pode forçar o seu desejo. Ele sempre será maior que todas as regras e discussões. Você pode e deve parar de achar corpos envelhecidos “um nojo”, mas isso não irá fazer você gostar de corpos envelhecidos. Acredito que, ao longo de uma vida, gostos e desejo podem mudar, mas não acho que isso seja algo racional e que sofre diretamente nossa ação lógica.
    Explico por que digo isso. Devemos evitar algo que, infelizmente, já está acontecendo. Demonizar os que continuam gostando de corpos aceitos como padrão, continuam gostando de malhados, de jovens e etc. , por que essa pessoa não tem como mudar isso. Pelas páginas do Facebook, até mesmo de grupos de militância homossexual, vejo gente já xingando e demonizando alguém que goste só de brancos para o sexo, de malhados e não é por aí. Tenho visto coisas bem estranhas: pessoas trepando com quem não sentem nada, se forçando e sendo falsas, apenas para não receberem o rótulo de preconceituosas… Como disse, preconceito a gente muda. Desejo é improvável. mas, na verdade, adorei. Você é muito legal! Obrigado e sucesso em sua vida. Vou curtir o seu canal! Beijos!

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  12. Eu acredito que a comunidade gay quase que em sua totalidade, se comportam como se estivessem em um pedestal e todos os outros abaixo, escolhe tipo físico, cor dos olhos , cabelo, vestuário, carro, círculo de amizades,bairro em que mora, tudo que for externo é muito bem analisado, ai quem sabe o cara estará a altura para ocupar o mesmo pedestal.
    Porém este mesmo indivíduo que se coloca no pedestal provavelmente desconhece um objeto chamado espelho…rsrsr Resumindo hoje escolhe se muito e não se observa pra ver que oferece pouco. Muita gente vazia acreditando em falsos valores, e sinceramente na minha opinião infelizmente independe da idade.

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  13. Bommm eu sempre tive interesse nos mais velhos e peludinhos mas sempre fui visto por eles como jovem imaturo e interesseiro eles mesmo nos julgam existe sim jovens q curtem um grisalio assim como grisalio q curte outro grisalio ja tive tbm um relacionamento com um soro e ele terminou comigo quando eu disse q sabia q ele era e eu não mi importava é complicada a cabeça do gay é até pior que a das mulheres rsrsrs mas enfim creio q todos eles devem tentar e os malhados abrirem os olhos para o futuro quem muito escolhe acaba sendo escolhido beleza acaba a lei da natureza pode ser cruel relacionamentos hj infelizmente são descartaveis ninguem tenta concertar lutar por um casamento creio q devemos dar valor em quem lutou para termos o direito de nos casar lutando por nossa familia e mantendo nossos casamentos mais duradouros tenho 29 anos e casado a 8 com um cara q hj tem 36 não é o tiozinho q eu queria nehhh mas eu espero ele chegar nos 50 melhor q estar junto dele sera ver ele chegar la

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  14. Respeito tua opinião, mas acredito que esses efeitos relacionados a “tempo”, “querer estar sempre atualizado”, e outros mais, sempre foram grandes tabus do ser humano, independente de qualquer coisa, talvez a questão que mais foi enfatizada, pelo que observei, é justamente como os gays mais velhos são vistos pelos mais jovens, muitas vezes com preconceito pela idade, mas eu não vejo dessa forma, observo isso como um instinto natural do ser humano, e não um problema exclusivo dos homo sexuais, é só uma questão de campo de visão.

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  15. Parabéns, pelo texto. Baita reflexão para alguém que ainda não vive esta realidade. Somos vizinhos, sempre te vejo por aqui Nos Jardins. Parabéns mesmo

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  16. Eu realmente achei o texto incrível. Tenho 25 anos e sempre achei interessante a ideia de me relacionar com homens mais maduros,não só no sentido da idade,mas acredito que os gays do meu meio e mesma idade tem muita água morna na cabeça e muitas vezes não tem ainda uma história de vida e sequer importam pra construir uma. Só querem balada,’ferveção’ e afins. Não que isso seja ruim,mas acho que muitas vezes essa ‘ferveção’ é excessiva e as vezes doentia,isso deve ser vivido em conjunto com outras coisas e não ser o motivo pelo qual você vive. Obrigado pelo texto,Gabriel.

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  17. Sua matéria está excelente, pois o texto e o contexto estão em perfeita harmonia; a objetividade e a fluência possibilitam o perfeito entendimento do mesmo. Na qualidade de gay assumido – 54 anos (bem vividos), soropositivo há 18 anos e com carga viral indetectável há 10, confesso que já sofri alguns preconceitos, porém irrelevantes, consegui superar todos. No entanto, eu gostaria de fazer um alerta aos gays adeptos às relações sexuais “bareback” (sem preservativo), pois o risco de se contaminar pelo HIV é muitíssimo grande, pois a cura da Aids ainda não existe, e os efeitos colaterais causados pelo uso prolongado do coquetel antirretroviral é devastador. Portanto, todo cuidado é pouco! Outra coisa que os gays jovens precisam aprender a lidar é saber respeitar as diferenças de idade, terceira idade, opção sexual, soropositividade (HIV), classe social, profissão, aparência física, comportamento, hábitos, costumes e cultura, entre outras. Pois o “tempo não pára”, é implacável para todos os mortais, inclusive para o “gay jovem”, que vai envelhecer e perder a beleza e o glamour da juventude com o passar do “tempo e o vento” e, invariavelmente, não será “eternamente jovem”… Por isso, é preciso se preocupar em preservar a mente, a alma e o espírito, que são a nossa essência, e nunca envelhecem porque são eternos. Afinal, nenhum de nós ficará para semente, “seja rico, seja pobre”, seja hétero ou seja gay… Clichês à parte, aqui fica minha “opinião formada” sobre o assunto. Abraços!!

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  18. Rindo até 2050, se eu viver até la! Tenho 62. , vivo como se tivesse 40, só fico sozinho quando quero, vou em todas baladas que quero , sempre bem acompanhado é claro! Já fui amado por homens de 20 e também de 60! Meus amigos mais velhos têm 40 anos, e não esqueço os antigos é claro! Tenho a sabedoria da idade e o conforto financeiro conquistado com a mesma! Claro que vou nas festas da the Week, black partys circuitos e Tals, envelhecer não é perder a alegria de viver! Amo a vida é ela me ama! Não tenho motivos para me deprimir, encomodo um pouco quando chego em uma balada jovem, mas logo tenho uma galera em volta de mim! Curto a vida , e vou te dizer, com mais sabor! Algum de vcs que estão lendo aqui , já nos vimos em algum lugar ou nos veremosl

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  19. Hoje a fartura sexual por motivos que ja sabemos, nos atrapalha e muito.
    Não existe mais conquista. Olhamos um aos outros como se fossemos um pedaço de carne, como se o interessante somente fosse o sexo. Infelizmente isso está nos destruindo, infelizmente…
    A maioria dos gays que conheço e convivo não têm paciência de conhecer o intimo do outro, no menor obstáculo, desistem e vão numa caçada incessante por caras diferentes, por pênis, bundas e rostos perfeitos, que só os satisfazem momentaneamente… E por ai vai.
    As vezes paro e penso quando encontrarei alguém legal, que aceite como sou, com minhas manias e defeitos… E sei que nisso eu erro, pois ninguém é obrigado a aceitar nada, nada mesmo! Mas somos obrigados a respeitar a diferença de cada um. Creio e sigo eu, que tentar conversar, explicar e esclarecer que tal caminho pode não ser o correto, que seguindo o mesmo as coisas não terminem bem seja a melhor opção para manter um relacionamento firme e forte…
    Mas esse “príncipe encantado” ainda não apareceu, talvez tenha virado sapo, Barbie ou sei lá o que…
    É foda.

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    1. Sem querer te desistimular,pois destino e uma incognita,derepente vc tropeca no seu principe ou sapinho amanha na fila do Mac Donalds,mais desde que conheco o mundo gay sempre foi esse buffet self service,tanto que desisti de procurar no meio e foi justamente isso que aconteceu,eu passei a frequentar lugares sem muita pretencoes
      lgbt e acabei sendo atropelado,isso mesmo,atropelado pela bicicleta do que hoje e meu melhor amigo e foi por muito anos meu namorado,mais antes era apenas isso,um otimo amigo que eu ganhei,porque antes da pegacao tivemos muito tempo pra nos conhecer de todas as formas,com gripe,acordando no camping,descabelado,sem misterios de truques de beleza,viajamos,saimos pra fazer trilha que eu adoro,praia de nudistas,pois nos dois temos idéias meio ripongas,vimos filmes de ficcao pois somos fas de carteirinha,jogamos video game e tinhamos horas de conversa agradavel pois descobrimos que tinha muito em comun,ate sexualmente foi muito bom este contato previo de amigo,porque em relacionamentos propriamente ditos eu fui muito infeliz pois eu nao consigo me expressar explicitamente,uma especie de bloqueio,sei la,e como amigos falávamos abertamente sem censura de tudo e comecei a perceber que aqueles momentos era muito excitante,e alem da companhia que eu amava,comecei ter um tesão muito forte nele,éo mais importante não era tesão pela beleza como e custume no ” Buffett” mais tesão por ele,pessoa,o cheiro,a pele,as coisas quentes que falávamos,e tudo começou a caminhar pra um outro patamar,e qual nao foi minha surpresa nos demos muito ai tambem,sem precisar de barriga trincada,coxa de 58 cms e carao da Vogue,afinal nem eu nem ele nos enquadravamos no padrao gay de consumo,embora nao fossemos nenhum bagulho.Resumo não recomendo que os gays sejam imprudentes e se aventure por ai sem critérios pois o mundo está repleto de homofóbicos, mais acho que se distanciar um pouco dos buffets e saudável pra nossa vida amorosa,abre outros horizontes,embora eu seja um militante da causa, eu conheço bem as incoerências do meio.Há, em tempo,eu completo 50 daqui 8 dias.

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      1. Precisamos de mais relatos assim, Celso!
        O amor é tbm algo q se constrói com o tempo, é mais do q “o aqui e agora”..
        Seria incrível q a maioria dos gays compreendesse da mesmo forma q nós.
        Felicidade no casamento sempre. Bjao!

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  20. Excelente texto! Sem ressalvas ou acréscimos. Simplesmente, muito realista. E sobre construir relacionamentos duradouros, não depende só de um. Só pensa que alguém chega sozinho à velhice porque quis quem é ingênuo ou pouco vivido. Mas, de novo, sobre o texto, nada a acrescentar. Nota 10!

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  21. Concordo com todo o conteúdo de seu texto também. Tenho 29 anos algum tempo deixei de ir em balada gays e usar aplicativos de pegação por não me encaixar nos padrões impostos pela sociedade. Ta certo que nao tenho 50 e 60 anos mas me encaixo naquele grupo que nao tem barba cerrada e corpo sarado. Para essa sociedade da praticidade que privilegia o visual acima de tudo, uma boa conversa em que perguntas como: ” Você eh ATV ou PASS? ” , ” Tem Local? ” ou ” Tem nudes ” estão cada vez mais raras.

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  22. O deslumbre Gay pela imagem perfeita e algo imposto pelos proprios Gays. Envelhecer sendo Gay requer um amor proprio muito grande, que cada um deve desenvolver da melhor maneira que possa! Se valorizar como pessoa, como cidadao participarivo, e nao admitir nenhum tipo de preconceito e uma parte, a outra requer que vc se cuide, cuide de sua saude, tenha uma vida tranquila pois a Felicidade esta atrelada a se sentir Bem. Se conhecer e descobrir o que te deixa feliz fara certemente que voce encontre a sua excencia! Felicidade e viver o homem hoje da melhor maneira que possa faze-lo. E so voce podera ser o responsavel por isso. Tenho 44 anos ja passei por tudo ate entender que antes de ser HT, Gay ou quer que seja. Eu sou um ser humano e preciso de Saude, Paz de Espirito, Familia, Amigos e um coracao sem tristezas… Entao seja voce mesmo na sua melhor versao e tudo ficara muito mais leve. ❤️

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  23. Estou casado a 28 anos e sou muito feliz ! Conheci meu amor por carta em 1988. Na época eu coloquei um anúncio na revista de horóscopo “Guia Astral” do João Bidu. Ele morava no Rio de Janeiro e eu em São Paulo con meus pais na Zona Norte. Trocamos algumas cartas e logo ele veio para São Paulo e estamos juntos até hoje. Adotamos um menino lindo de 1 ano e cinco meses, que hoje está com 12 anos. Posso dizer que não é fácil uma vida a dois, mas com certeza vale muito a pena. Um beijo para todos !

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  24. Texto muito provocativo e comentários fantásticos.
    Muito feliz por terem partilhado um pouco da vida de vcs.
    diante d tanta insatisfação com muitos valores do mundo gay, vejo q não estamos sozinhos.
    Q nossos caminhos se cruzem e q possamos construir uma grande família

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  25. Excelente post.

    Recomendo a leitura do livro do meu coordenador do grupo Ganimedes de pesquisa e estudos Gays do NEPP DH/ UFRJ , o professor Murilo Motta: “Ao sair do armário entrei na velhice… Homossexualidade masculina e o curso da vida”. Ele estudou gays velhos no doutorado e o livro é maravilhoso. Hoje no Ganimedes estudamos o assumir-se gay em diferentes faixas etárias. As narrativas são muito interessantes…

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    1. Acho que você não leu bem o texto e nem o link com a pesquisa completa, né? É uma pesquisa controlada com uma amostra de número de idosos e todos de centros urbanos, não é generalista ou reducionista. E ter depressão está longe, bem longe, de ser “privilégio”.

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  26. Ja fui rejeitado por nao estar usando barba nestes sites de pegacao,ja fiz o teste colocando foto com e sem barba,o resultado é impressionante.pessoalmente nao percebo tanto essa diferença,talves porque a pessoa me ve num todo,e depende do local que frequento,enquanto que nas fotos existe um fetishe de quem acessa.

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  27. Tudo ue foi dito nessa página é verdade tenho 60 anos passei a vida saindo com garotos de programa sempre atras de garotos lindos sarados e cheguei a ter um assim morando comigo por 08 anos ate o dia que arrumou uma mulher mais velha e rica e se mandou. Hoje olho para tras e vejo que tudo foi inutil. Nunca senti atração por outro gay e isso me levou a essa vida que continuo até hoje. Pago o cara a ransa é legal mas quando vai embora fica o vazio, não estou deprimido ainda mas sinto falta de alguem do meu lado que realmente estivesse perto por prazer por companhia, a maioria dos amigos ja se foram vivo mais sozinho e confesso é muito triste. Hoje ao colocar um filme de bette davis greta garbo ou outra diva e assistir sózinho sem ter os amigos para comentar como antigamente sinto que o tempo passou e to ai sem destino. Meu comentário pode parecer amargo mas ainda guardo um resto de alegria ainda não preciso tomar diazepan mas não sei ate quando .adorei esse post.

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